14.6.16

Aprendendo a ajudar os outros sem se prejudicar


A compaixão é uma virtude necessária para o ser humano - sem ela a convivência em sociedade é impossível; não há como respeitar os outros sem se colocar no lugar do outro. Mas como se compadecer do outro sem sentir a dor dele? Sem mudar nosso padrão de pensamento e sentimento? É possível sentir pelo outro e ajudá-lo sem nos prejudicar?

Essa é uma questão que tenho enfrentado. No meu trabalho como professora ou canal de cura recebo muitas pessoas com problemas, ouço seus dramas, suas dificuldades, faço o possível para ajudar. Mas percebo que muitas vezes absorvo o problema do outro em minha vida, e fico com essa energia estagnada, que me preocupa e desequilibra. Com isso, comecei a me questionar "O que adianta eu ajudar os outros e me destruir no processo, e ficar tão desequilibrada que eu não consigo mais ajudar ninguém?"

Tenho buscado formas de não me envolver com os problemas dos outros durante as aulas e atendimentos, e até mesmo na vida pessoal. Tem sido um desafio. Busco inspiração nos mestres e escrituras sagradas... é sempre um conforto...



Descobri que o grande segredo - além de, é claro, fazer todo o ritual de purificação e limpeza energética - é voltar para o meu Coração. Inspire, expire... até acalmar... volte a atenção para dentro: quem está sendo arrastado pela emoção? Tento encontrar esse ser. Vejo as reações do meu corpo, minha mente. E apenas observo. Volto para meu Coração. Ter compaixão é agir com o coração, sem se desrespeitar. E nesse estado de equilíbrio e solidariedade, surgem as ideias e palavras para o auxílio necessário.

Na busca por essas respostas, encontrei um video do Abraham Hicks falando sobre raiva e como não ficar com raiva em situações de aparente injustiça. Nesse video, Abraham mostrava a importância de se manter focado na solução do problema, ao invés de se afundar na lama do problema em si. Problema e sua solução são duas vibrações diferentes, e que nunca se encontram. Por isso que pensamos uma semana em como solucionar um problema, e quando desistimos e estamos no terraço brincando com nosso filho, ou tomando um banho relaxante, temos aquele 'Aha!!' Quando relaxamos, mudamos de vibração, e a solução do problema chaga até nós, sem esforço.

Para ajudar o outro é preciso manter nossa vibração alta, e não tomar as dores do outro. Abraham conta a história de um salva-vidas com quem conversava, e o salva-vidas disse que às vezes precisamos deixa que a pessoa se afogue. Ele, sem concordar, pergunta: "Como ser salva-vidas e deixa alguém se afogar?" O salva-vidas respondeu: "Às vezes, a pessoa está tão desesperada que quando você tenta salvá-la, ela toma controle de você, e você começa a se afogar tentando salvá-la. Nesse caso, é aconselhável você deixar que ela se afogue sozinha, do que permitir que você se afogue com ela e não possa mais ajudar a ninguém."

A compaixão é sempre necessária, mas não podemos permitir que os outros nos afoguem junto com eles ao tentar ajudá-los. Essa foi minha lição, minha meta para manter sempre minha vibração alta, independentemente do que ocorra ao meu redor. Que eu possa focar na solução e trabalhar por ela.

   




Nenhum comentário:

Postar um comentário